por Mires Batista Bender
Cartaz original do filme |
Ao completar 73 anos
de sua primeira exibição, que ocorreu em maio de 1941, Cidadão Kane, de Orson Welles, continua sendo considerado por
críticos e diretores cinematográficos, o melhor filme de todos os tempos.
Talvez
seja impossível apontar a melhor peça cinematográfica já produzida. Ter-se-ia
de levar em conta uma infinidade de fatores, começando por encontrar a resposta
para questões como: o que define uma
obra de arte? Quais são os critérios para se decidir qual obra é mais
interessante ou mais profunda do que outra, seja ela cinematográfica, pictórica,
literária ou musical?
O fato é que, sete
décadas após sua estreia em Nova York, Cidadão
Kane (título original: Citizen Kane)
ainda circula por toda parte e espalha o mistério de sua trama que fascina
cineastas e expectadores até os dias de hoje, contando a dramática trajetória
de um magnata da imprensa norte-americana.
Cena de "Cidadão Kane" (1941) |
O AFI – American
Film Institute, confirmou a preferência pelo filme de Welles, em pesquisa
realizada em 2007. A obra foi eleita a partir de uma lista de 400
longa-metragens, escolhidos por 1.600 personalidades, na maioria representantes
da indústria cinematográfica, intelectuais e um espectador de cada estado
norte-americano.
Pela primeira vez,
na pesquisa realizada em 2012, Cidadão
Kane deixou o topo da lista e deu lugar a Um corpo que cai (título original: Vertigo) de Alfred Hitchcock (de 1958).
O melhor filme de todos os tempos provavelmente
não exista, como também não deve existir a melhor música, a melhor pintura ou o
melhor livro. Pode-se declarar, com segurança, é que Cidadão Kane legitimou o cinema como forma de arte e, após décadas
de renovações narrativas e tecnológicas, esta grande obra vem resistindo aos
testes do tempo.
* Mires Batista Bender, doutora em Letras pela PUCRS, acredita que as palavras são magia e fez delas seu ofício. Professora de línguas e Literatura criou o primeiro fã-clube de escritor para homenagear a união entre seus maiores prazeres: pessoas e poesia. Interessada e curiosa por todos os temas que fazem fluir o poético, conversa sobre eles nesta coluna...
Levando em consideração a credibilidade da Doutora blogueira,
ResponderExcluirdespertou em mim, vontade de buscar nos arquivos e assistir
o filme!
Legal, Miriam, O filme vale a pena. Quem sabe tu nos ajudas a decifrar o enigma "Rosebud", que o Cidadão Kane propõe!
ExcluirOrson Welles, gênio das artes dramáticas, mostrou a solidão do poder e a angústia do ser humano em linguagem precursora na 7ª arte. Uma obra densa, para ser vista e revista.
ResponderExcluirOi, Jader! Orson Welles, além de super competente foi uma figura interessantíssima. Oportunamente, pretendo falar sobre o filme que ele fez no Brasil, nos anos 40.
ResponderExcluirPalavras realmente são magia, tão bem executada por essa feiticeira das letras. Espero ver o tema "mágica" por aqui uma sexta-feira dessas :)
ResponderExcluirValeu, Mel! Teu desejo me lembra de abordar um dos temas de que mais gosto. Será um prazer. Aguarde!
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