Noivo e Noiva...
Tumulto, um alarido! Ou Não?
Ouço os ínfimos rumores no capim cheio de vozes. Outras vozes de fantasmas
desnudos, tais quais a mim: vagabundos, perdidos do Céu, fincados no Mundo.
Penso...
Estando o maruim na poça, vislumbrando
a hemorragia da manhã, ou em tardes e açucares em tuas glândulas fósseis à fala, doce, saudosa miragem, se azul disseres, estarei
atento e te ouvirei e te ouvirão nas profundezas de nossa imensa solidão
Lembrarei, eu, poeta,
peregrino, da contração dos ventres,
do turbilhão dos lençóis em seus ombros e seios.
Inveja dos amantes de
todo o sempre, nós, nus e trêmulos,
coxas quentes e nádegas enfiadas uma
na outra, qual esculturas, pernas
erguidas e dobradas, por um Rodin a serem esboçadas, mesmo que sob formas
acanhadas, seremos eternamente.
E... Ai! Os gemidos...
Os gemidos que serão e
foram ouvidos, na noite escura dos tempos idos, vindos e vindouros farão pensar
a todos:
- Não serão eles dos
espectros?
A gargalhar, sós,
exultantes e invisíveis então diremos:
- É a ventania! Tão só a ventania.
Silvia C.S.
Preissler
Na seção PRATA DA CASA, publicaremos semanalmente textos escritos pelos alunos das diversas oficinas literárias ministradas na Sapere Aude! Livros. O texto de hoje é de Silvia C. S. Preissler, aluna das oficinas de Poesia do professor Diego Petrarca. Quer conhecer mais sobre nossas oficinas literárias? Acesse: http://oficinasliterarias.wordpress.com
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