A novela literária é um recorte da vida do protagonista |
Em termos estruturais, a novela literária é uma forma narrativa intermediária, se levarmos em conta sua extensão, entre o conto e o romance. Apresenta todos os elementos estruturais desse último, mas de maneira reduzida, em geral na composição de uma trama unilinear, ou seja, que segue o destino de um único personagem. Por seu caráter econômico em relação ao romance, na novela literária são enfatizadas as ações mais que as descrições ou análises, o que lhe dá um caráter mais próximo do drama; ainda por conta disso, a novela gira em torno dos momentos de crise que levam à solução rápida dos conflitos no final da obra. É comum, assim, que o clímax e o desfecho sejam coincidentes em uma novela bem estruturada[1].
Em relação aos personagens, a novela literária não é mais um flagrante – como no conto –, mas um recorte de suas vidas explorado com intensidade pelo autor. Nesse sentido, a novela literária é mais resumida que o romance, já que este pode retratar longos períodos ou mesmo a vida inteira de seus personagens.
Algumas novelas literárias estão entre os maiores clássicos da literatura |
Bartleby, o Escriturário, de Herman Melville
Noites Brancas, de Fiódor Dostoiévski
Manhã Transfigurada, de Luiz Antonio de Assis Brasil
A Festa no Castelo, de Moacyr Scliar
A Hora da Estrela, de Clarice Lispector
Aura, de Carlos Fuentes
O Alienista, de Machado de Assis
O Amante, de Marguerite Duras
Terra e Cinzas, de Atiq Rahimi
O Perdido, de Hans Ulrich Treichel
Seda, de Alessandro Baricco
Autobiografia de um Ex-Negro, de James Weldon Johnson
Este é o Meu Corpo, de Filipa Melo
Crônica de uma morte anunciada, de Gabriel Garcia Marquez
O Náufrago, de Thomas Bernhard
Longe da Água, de Michel Laub
O Conto da Ilha Desconhecida, de José Saramago
A Morte de Ivan Ilitch, de Liev Tolstói
A Morte em Veneza, de Thomas Mann
A Dócil, de Fiódor Dostoiévski
A Fera na Selva, de Henry James
Breve Romance de Sonho, de Arthur Schnitzler
O Visconde Partido ao Meio, de Italo Calvino
Noturno Indiano, de Antonio Tabucchi
Bom-crioulo, de Adolfo Caminha
Noite, de Erico Verissimo
A Lentidão, de Milan Kundera
Seymour, uma Apresentação, de J. D. Salinger
Notas do Subterrâneo, de Fiódor Dostoiévski
O Jardim de Cimento, de Ian McEwan
Estive em Lisboa e Lembrei de Você, de Luiz Ruffato
A Queda, de Albert Camus
Um Copo de Cólera, de Raduan Nassar
A Sombra de Innsmouth, de H. P. Lovecraft
Carmilla, A Vampira de Karnstein, de Sheridan Le Fanu
Os Mortos, de James Joyce
Bola de Sebo, de Guy de Maupassant
Um Grito de Amor do Centro do Mundo, de Hyoichi Katayama
A Hora e a Vez de Augusto Matraga, de Guimarães Rosa
*Texto de Robertson Frizero - escritor, professor de Criação Literária e Mestre em Letras pela PUCRS.
Aquele momento que você diz: ainda tenho muitos livros para ler...
ResponderExcluirPois é! 😁♥
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