Ilustração de Boston Madsen |
Foi lá por 1966 ou 1967. Já lia desde os cinco
anos. Gostava de romances para crianças reproduzindo tramas da História
do Brasil, com bandeirantes, índios, aventuras. E caiu nas minhas mãos
uma edição da Melhoramentos com a adaptação do volumoso texto original
de um famoso romance. Comecei a ler tendo apenas a ideia de que tratava
de espadachins, o que atiçou meu interesse sempre ávido por ação. Fui
avançando ao longo dos capítulos, sem conseguir parar. Lembro que,
quando acabei a leitura, me vi tomado por algo inédito, sentindo uma
emoção fora do comum causada por aquela história. Mais do que isto,
fiquei com vontade de proporcionar a mesma emoção a outros, escrevendo
uma história minha.
DUMAS, Alexandre. OS TRÊS MOSQUETEIROS (Ed. Zahar) |
Porque traz personagens jovens e empolgados, que
defendem a amizade; que se envolvem com tipos enigmáticos como a
Milady; que fazem viagens através de terra e mar para defender um
conceito tão ultrapassado como a honra; que aprontam todas a ponto de
dobrar o maléfico primeiro-ministro e obter recompensas do rei da
França; e que, principalmente, são atemporais e podem provocar num
garoto dos dias de hoje a vontade de suceder a Alexandre Dumas e
continuar a incendiar o espírito dos leitores.
Para quem não leu (alguém ainda não leu “Os Três Mosqueteiros”?!), recomendo.
Nelson Nadotti é roteirista de TV. O que
mais curte na Sapere Aude! Livros é o entusiasmo do pessoal de lá – para
não falar, claro, de todo o acervo da loja.
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